Há muito tempo que o alho é utilizado, não só na culinária como tempero, pois garante um sabor especial, mas também em tratamentos
de diversos males corporais.
Sociedades antigas como no Egito, Grécia e
Índia, já o utilizavam em fórmulas medicinais. Na idade Média, era
considerado tão poderoso, que a cultura popular consagrou o seu uso,
pendurado em réstias pelas paredes, como uma verdadeira arma para
proteger as casas de visitas indesejáveis de vampiros.
Crenças à parte, as pesquisas modernas endossam o que os antigos na sua sabedoria aplicavam no dia-a-dia: o alho tem efeitos benéficos comprovados. Funciona como antitérmico e expectorante natural, sendo amplamente utilizado em casos de bronquite e asma.
Em cortes ou lesões na pele, funciona como antisséptico; o seu poder é superior ao do álcool a 90º.
Embora o sabor do dente de alho puro nem sempre agrade ao paladar,
age como desinfetante na boca, estimulando diversas funções, entre elas a
secreção salivar e a de suco gástrico. ’’O alho aumenta o apetite,
regula a digestão e combate as fermentações pútridas do intestino’’.
Chás feitos com a folha do alho combatem a diarréia, colites e parasitoses intestinais.
Efeitos Benéficos
Se a importância do alimento para o bom funcionamento do aparelho
digestivo é indiscutível, no campo da medicina cardiovascular, suas
propriedades são ainda mais evidentes. ‘‘O alho fresco possui alina, um
amino-ácido sulfurado que se transforma em alicina, princípio ativo
antisséptico e eficaz no tratamento de doenças coronarianas’’. Sua ação
no aparelho circulatório é auxiliar na prevenção de eventuais tromboses
em vasos arteriais importantes, que irrigam coração, pulmões e cérebro.
As tromboses são conseqüência de coágulos sanguíneos que se formam e
se desprendem podendo criar bloqueios no fluxo. E o alho tem justamente a
propriedade de diminuir a agregação plaquetária e a quantidade de
fibrinogênio. Igualmente importante é a sua capacidade de baixar a
pressão arterial, o nível do mau colesterol e dos triglicerídeos. Por
isso, o consumo de um dente de alho, 3 vezes ao dia é recomendado pelos
médicos, principalmente para pessoas que estão no grupo de grande risco
para o infarto, como diabéticos, hipertensas, obesas, com
hipertireoidismo e que costumam exceder-se no tabagismo e bebidas
alcoólicas.
O consumo de 3 dentes de alho por dia diminui o LDL, que é a
lipoproteína que transporta colesterol para os tecidos. Nos diabéticos, a
ingestão regular ajuda a controlar o nível de glicose.
Para a saúde, a melhor forma de consumir o alho é cru mesmo. Frito ou
cozido, porém, ainda conserva propriedades medicinais. Para conseguir
uma ação preventiva e curativa, é preciso incluí-lo na rotina diária.
‘‘Ao tomar uma sopa, comer uma salada ou pão, aproveite e jogue
pedacinhos de alho cru por cima’’. O ideal é ingerir, além de 3 dentes
de alho ao dia, uma ou duas cebolas cruas, aí então, o remédio estará
completo. Tanto o alho como a cebola são ricos no mineral germânio,
antioxidante, capaz de neutralizar a ação dos radicais livres. Mas, nada
de exagero no consumo, para não causar irritações gástricas.
Quando há equilíbrio interno no organismo, os reflexos manifestam-se
logo no visual. E o uso freqüente do alho, na dosagem recomendada pelos
médicos, promove uma reorganização no funcionamento dos órgãos que acaba
se refletindo na aparência externa. Uma vez que o alho fortalece as
paredes das capilares e artérias, melhorando a circulação sanguínea,
este movimento de dentro-para-fora, manifesta-se através de uma pele
luminosa, com mais tônus e elasticidade. Toda a área periférica da pele
passa a ser melhor irrigada e, portanto, ganha um aspecto mais saudável e
bonito.
Fonte: medicinageriatrica.com.br